A ideia era desenvolver um projeto inspirador que integrasse comunidade, sustentabilidade, arquitetura e design, dando à comunidade a oportunidade de desenvolver novos talentos, aumentar a renda local, promover a inclusão social, respeitar o meio ambiente e integrar arquitetura e natureza. O intercâmbio cultural e a valorização da população local alcançaram um lugar de extrema importância na vida do público visitante e da comunidade, trazendo a compreensão do valor da miscigenação do ser humano em sua maior capacidade de aprendizagem. Foram realizados estudos climáticos, de ventilação e de insolação para obter o melhor desenho bioclimático, visando conforto térmico, ventilação cruzada, efeito chaminé para escape de ar quente, iluminação natural e acessibilidades.

A falta de capacidade local gerou grande desemprego e baixa qualidade de vida. A chegada da Pousada Mirante do Gavião Amazônia promoveu uma mudança de paradigma através da construção da Pousada como um barco invertido, fundindo-se às necessidades locais e oferecendo novas possibilidades de geração de renda, desenvolvimento de novos talentos, respeito e justiça social, valorizando suas bases. Estratégias ativas como captação e aproveitamento de água da chuva, energia solar fotovoltaica, aquecimento de água e horta orgânica foram aplicadas ao projeto. A construção do hotel está localizada em uma área que foi degradada com grande impacto negativo no local, para maximizar o impacto positivo, a área foi regenerada e ocupa grande parte do terreno.

O projeto integra arquitetura, meio ambiente e sociedade, com design inspirador e tecnologia local para construção. A comunidade inserida do trabalho à operação com o objetivo de envolvê-la no processo, transformou a sociedade. O Mirante do Gavião, leva o público a vivenciar a magia da floresta integrando a comunidade e resgatando valores sociais.